Em resposta a mais um desafio mensal proposto pela Cris Loureiro, no seu blog a vida não tem de ser perfeita, esta é a minha versão em poema.
meu peito inrompe em sonante desarmonia.
De cada vez que me consomes, melancolia diurna,
minha mente divaga numa espiral soturna.
E são negros os tempos,
chuvosas as horas
em que me esperam lamentos
e me atormentas sem demoras...
Ai vida que és tão curta,
tão ferozmente ditosa
sem ti não saberia minha estória,
jamais seria humana e tortuosa.
Mas sempre que me falas ao ouvido,
melancolia serena, pretensiosa
tudo em mim ganha sentido
numa descoberta gloriosa.»